Passear pela cidade numa Lambretta. Aparar o cavanhaque com navalha, depois de um barbeiro usando suspensórios ter colocado toalhas quentes em seu rosto. Comprar uma saia de bolinhas e cair na noite para dançar rockabilly. Voltar para casa e descansar em uma poltrona de vinil com pés palito. Tomar uma cerveja gelada recém-saída de um refrigerador azul-bebê. Não, não estamos diante de uma cena dos anos 5
Com a onda retrô que vem se espalhando pela capital nos últimos tempos, todos esses produtos — e muitos outros —, criados ou inspirados em décadas passadas, são encontrados hoje numa série de endereços. Ou seja, está cada vez mais fácil entrar numa espécie de máquina do tempo do consumo. “O sentimento de nostalgia tem crescido entre os consumidores”, afirma a jornalista de moda Erika Palomino. “Nos desfiles, por exemplo, várias grifes exploram isso nas coleções.”
Curiosamente, essa tendência é alimentada pelos jovens, que formam o grosso do público consumidor. Frequentada majoritariamente por “brotos”, a região do Baixo Augusta, por exemplo, se tornou ponto de encontro dos fãs de quinquilharias antigas. Lá, é possível comprar vinis, brinquedos raros e chapéus, entre outras coisas.
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