SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS: CAUSA COMUM DE INFERTILIDADE FEMIN
De 6% a 10% das mulheres que estão na idade fértil, entre 20 a 44 anos, sofre com a Síndrome dos Ovários Policísticos, SOP. Estima-se que no mundo mais de 100 milhões de mulheres tenham este problema. A síndrome é caracterizada por alterações hormonais que podem repercutir no organismo causando vários sintomas. Entre os problemas mais comuns causados pela SOP está a infertilidade feminina.
Como consequência, ao invés de se formar um único folículo no ovário, que é um processo natural e normal, formam-se vários que se "acumulam" e não liberam os óvulos. Eles não se rompem, daí o nome "ovários policísticos" que, como veremos mais adiante, não é alteração orgânica obrigatória nesta síndrome. Existem vários hormônios que participam dessas alterações, mas os principais são os androgênios, que são hormônios masculinos normalmente fabricados pelos ovários, em quantidades pequenas.
O Dr. Arnaldo Schizzi Cambiaghi, diretor do Centro de Reprodução Humana do IPGO comenta o assunto. "Acredita-se que a SOP tenha caráter hereditário e muitas publicações científicas têm confirmado esta possibilidade. Foi observado este diagnóstico entre irmãs e alterações metabólicas em irmãos destas pacientes que mesmo sendo do sexo masculino, apresentaram alterações laboratoriais idênticas as suas irmãs com esta síndrome. Filhas e irmãs de mulheres com SOP têm 50% mais de chance de desenvolver este problema", afirmou.
Ele lembra que o diagnóstico é feito por meio do histórico da paciente, exame clínico e exames laboratoriais. As principais características desta síndrome são menstruação irregular, obesidade, infertilidade, hirsutismo, acne, alopecia, seborréia e acantosis nigricans.
"Os tratamentos visam ajudar os casais que têm dificuldade em engravidar, diminuir as complicações da gestação (abortos, toxemia gravídica e diabetes gestacional) regularizar as menstruações, combater o excesso de hormônios masculinos, prevenir o câncer do endométrio, diminuir o risco de diabetes tipo II e a doença cardiovascular (síndrome metabólica). Estilo de vida e terapia alimentar", explica Dr. Arnaldo. A SOP não pode ser prevenida, mas quanto mais precoce for o diagnóstico, menor será a chance de complicações futuras
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