#Sensorial e Perturbador
Explorando a hereditariedade da psicopatia, o diretor sul-coreano Park Chan-Wook novamente acerta com Segredos de Sangue, sua primeira produção americana depois de ter conquistado crítica e público com os orientais Zona de Risco, Oldboy, Lady Vingança, Mr. Vingança, I'm A Cyborg, But That's Ok e Sede de Sangue. Mesmo com a mudança de continente, é possível perceber que Park não abriu mão da essência de sua linguagem, e sua veia oriental é sentida vividamente.
Tendo como foco a família Stoker, acompanhamos os acontecimentos que se dão após a morte acidental do patriarca Richard Stoker. O luto da esposa Evelyn e sua filha India é abruptamente invadido pela presença de Charles Stoker, enigmático irmão de Richard. Ele se hospeda na casa da viúva sem cerimônias, e desse estranho triângulo forçado surgem os tais segredos de sangue do qual o título fala.
A meticulosidade é uma das marcas registradas de Park. Em todos seus trabalhos é possível perceber o extremo cuidado e atenção na elaboração de cada tomada, a movimentação inteligente de sua câmera, a composição perfeita de longas cenas sem cortes. Em Segredos de Sangue isso não foi diferente. Tecnicamente, podemos dizer que a fita é arrasadora. A fotografia é fria e dominante, a paleta de cores (como sempre bem específica) serve então como um contraste belíssimo. Transições e travellings são minuciosamente orquestrados
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